terça-feira, 29 de março de 2011

Vamos Proteger o Parque Nacional da Gallaecia

Exmo Senhor confidencial,




queira perdoar a minha persistência e elevada preocupação neste tema, mas com o Verão a aproximar-se e sabendo que as verbas para combate aos fogos estão reduzidas ainda mais este ano de 2011 julgo que é o momento de todos juntos agirmos de forma preventiva e com o voluntariado coordenado com o ICNB e a Protecção Civil conseguiremos minimizar a ameaça que todos sabemos estar presente e à espera de uma oportunidade para recomeçar a queimar o nosso tesouro.


Tomei a liberdade de enviar este email com conhecimento da Ecosfera (Jornal Público) e também da equipa Limpar Portugal braga@limparportugal.org

Gostaria de saber a disponibilidade do ICNB promover uma reunião com a Protecção Civil de Braga, Autarcas e representantes de cidadãos voluntários, como é o caso do braga@limparportugal.org

Esta ideia tem o principal objectivo de promover a vigilância coordenada de todo o Parque Nacional, bem como a limpeza permanente de matas e materiais combustíveis por limpar.

Fico a aguardar uma resposta sua.

Os meus Respeitosos Cumprimentos

Um Abraço Galaico

Vem aí mais Fogo?

Publicado em http://www.diariodominho.pt/

Os autarcas de dois dos cinco municípios do Parque Nacional Peneda Gerês reagiram ontem com «cautela» ao anúncio de cortes nos meios de combate aos incêndios mas assinalam «preocupação» pois «mesmo com apoio aéreo o parque é sempre fustigado». Os presidentes de câmara de Terras do Bouro e Ponte da Barca reagiram de forma diferente às declarações do presidente da Autoridade Nacional da Protecção Civil, que no domingo admitiu cortes no orçamento para meios de combate a fogos na ordem dos 20 por cento, sendo que os meios aéreos serão os mais afectados. «Se já com o apoio aéreo tem sido difícil fazer frente aos fogos, sem ele, ou com menos meios, é que os bombeiros estão desgraçados», afirmou o autarca de Terras de Bouro.

Por agora resta perceber se o ICNB  e a Protecção Civil continuam a desprezar o voluntariado já disponibilizado em Novembro por carta publicada aqui mesmo.

Um Abraço Galaico!

domingo, 27 de março de 2011

Termas do Alto da Cividade - Bracara Augusta

Olá, o nosso Blog está fortemente empenhado em trazer para o teu monitor as mais belas fotos daquela que foi outrora uma cidade de superior importância durante o Império Romano na Península Ibérica.

Hoje deixámos algumas belas fotos do Alto da Cividade e suas Termas, que representam um dos maiores tesouros da Bracara Augusta ainda conservada.

Numa Cidade tão Católica, a Cultura e o Património tem estado praticamente em último plano, desta vez e ao fim de uma Dinastia de poder do S. Mesquita Machado e séculos de dominio católico desde o Vaticano, lá se consegui abrir um museu em que este património esteve quase a ser substituído por edifícios modernos, para os Senhores Padres, Cónegos e outros benzerem na sua inauguração. Concluindo, Braga tem muito Património por lapidar, redescobrir e mostrar ao mundo para sempre. Bracara Augusta não pode ficar esquecida e aparecer só nos livros, ela existe no terreno e todos nós temos obrigação cultural de a visitar e entender que é um tesouro Galaico e de toda a Humanidade.

As Termas foram descobertas em 1977, aquando da realização no local das primeiras escavações.


Classificadas como Monumento Nacional.
Erguido nos inícios do século II, este edifício aproveita parte da estrutura de uma construção anterior, de funcionalidade não determinada, datada dos inícios do século I.

Este edifício sofreu várias remodelações, uma das quais nos finais do século III/ inícios do IV, alterou profundamente a organização dos seus espaços. O edifício parece ter mantido a função de balneário público até aos inícios do século V.

São ainda reconhecíveis os hipocaustos, o caldarium, o tepidarium e a zona de banhos frios, frigidarium, bem como os praefurniae, onde os escravos queimavam a lenha para aquecer as salas através do ar quente que circulava pelo subsolo e pelas tubuluras existentes no interior das paredes. São igualmente visíveis as condutas de água destinadas a alimentar as piscinas. Podem também observar-se diversas salas com pavimentos de opus signinum, restos de piscinas, umas quentes, outras frias.

A localização privilegiada destas termas, no ponto mais alto da cidade, justificará, talvez, o amplo espaço de palestra que se situa a poente do edifício; aí os utentes podiam, para além de praticar exercícios físicos, passear e conversar, desfrutando de uma magnífica panorâmica sobre a envolvente da cidade.

A Noroeste das Termas distinguem-se os vestígios de uma amplo edifício, que se encontra ainda em estudo e que constitui o Teatro da cidade romana.


Um Abraço Galaico

quarta-feira, 23 de março de 2011

Gallaecia Norte - Capital do Megalitíco inaugurada

O Dólmen de Dombate, no município de Cabana de Bergantiños, desde terça-feira tem um centro de interpretação e um edifício que o protege. Para o Presidente da Comunidade de A Coruña, Salvador Fernández Morada, tem sido definida como "a Catedral do Galego megalítico".


Fernández Moreda presidiu o ato de inauguração deste sítio arqueológico, a que a instituição provincial fez 1,5 milhões de euros de investimento nos últimos 20 anos para a protecção do Dólmen.

As Obras incluem a construção de um grande edifício de madeira e vidro que abriga e protege o dólmen, mas permite a visualização de todos os ângulos e um centro de visitantes para acomodar os milhares de pessoas que anualmente vem conhecer o mais importante monumento megalítico da Galiza.

Ao acto compareceram vários autarcas da região, o responsável pelo projecto, Francisco Vidal, o arquitecto e arqueólogo Manuel Lestón, o responsável pelas escavações, que tem trabalhado nos últimos 20 anos.

Seis mil anos.

O dólmen de Dombate é um monumento megalítico de cerca de 6000 anos de idade estrutura tem cerca de 24 metros de diâmetro e 1,80 de altura e é composta por uma massa de terra que é parcialmente coberta por uma carcaça de pedra apresenta planas pedras colocadas horizontalmente enquanto dentro é constituída com pedras bem ligadas.

Sob o Monte do monumento visível apareceram os restos de um megalítica de menor tamanho e complexidade, cronologicamente anterior, consistindo de uma das Lajes da câmara, fragmentado.

A autarquia de A Coruña adquiriu o monumento em 1975 e no final da década de 1980 começou escavações arqueológicas que trouxe à luz restos de arte e várias pinturas que estavam dentro e permitiu obter informações relevantes sobre a importância simbólica que possuía este monumento.
Além disso, o arqueólogo que liderou as escavações destacou que os trabalhos realizados nas proximidades do monumento também forneceram informações valiosas.

"O dolmen de Dombate tem sido desde o início uma verdadeira caixa de surpresas", destacou Lestón.

O Centro de interpretação

O Presidente da Comunidade de A Coruña, por seu turno, avaliou que, com obras que são inaugurou hoje "a Catedral de Galego megalítico" será "protegido e conservado" condições de humidade e temperatura controlada.

Fernández Moreda anunciou que o governo provincial iniciará nos próximos meses o museu da interpretação de centro, que inclui uma réplica exacta do dólmen, painéis de informações e materiais audiovisuais.

Um Abraço Galaico

sábado, 19 de março de 2011

Castro de Alvarelhos - Sabes onde fica?

Conheces o Parque de Avioso? E o Monte de Sta. Eufémia? E já agora, a estrada nacional 14 que liga o Porto a Braga?

Alvarelhos é uma freguesia do concelho da Trofa e outrora de Santo Tirso. Não sabemos se ganhou ou perdeu com esta mudança mas no que respeita a património, Santo Tirso ajudou muito mais esta localidade que é históricamente um tesouro nacional e deveria ser bem mais conhecida e visitada por todos. Vamos ver o que a Trofa irá fazer.....

Porquê?


Os vestígios mais antigos de ocupação humana deste local datam da Idade do Ferro, altura em que o povoado, situado na Serra de Santa Eufémia, era habitado por pastores e agricultores, mas o período de maior importância decorreu durante a ocupação romana.

Apesar de não se encontrar a uma altitude muito elevada, apenas 218 metros acima do nível do mar, o povoado, que se estende por uma área com cerca de oito hectares, ocupa uma importante posição estratégica na confluência dos limites dos concelhos da Trofa e Vila do Conde.

Por essa razão, Alvarelhos controlava um corredor de circulação terrestre que ligava a foz do rio Douro às bacias hidrográficas do Ave e do Cavado, uma área onde existiam vários povoados de grandes dimensões.

Na época romana passava por ali a via entre Cale (Porto) e Bracara Augusta (Braga), de que ainda existem alguns marcos miliários, mas a importância mantém-se actualmente, sendo aquela zona atravessada pela EN 14 (Porto/Braga) e A3 (Porto/Valença), mas também pela Linha do Minho, da CP.
"O povoado estava junto à estrada e tinha algum poder económico porque as peças de importação que já foram encontradas são boas", salientou Gilda Correia Pinto, chefe da Divisão de Cultura e Turismo da Câmara da Trofa, acrescentando que foram também encontrados ponderais, "uma espécie de medida padrão que servia para determinar a quantidade de moedas de prata que correspondiam a um pagamento".
Segundo a arqueóloga, "isto indicia que aqui podia ter existido uma zona de trocas, um mercado importante ou uma zona de pagamento de soldados", o que também é apontado pela elevada quantidade de moedas de prata dos séculos I e II encontrada nas escavações.
O Castro de Alvarelhos começou a ser estudado em 1899 e, desde essa altura, sofreu várias intervenções, tendo as últimas escavações decorrido em 1994, numa altura em que ainda se encontrava no território do concelho de Santo Tirso.
Apesar da estrutura do povoado ainda não estar completamente definida, sabe-se que tinha três muralhas defensivas, mas os investigadores admitem que possa ter ainda mais duas.
Na plataforma intermédia, são visíveis as estruturas circulares típicas da ocupação castreja, mas também indícios arquitectónicos da romanização, entre os quais casas e um provável edifício termal.
"Este círculo é uma típica casa castreja, redonda, e este muro foi alargado para fazer a casa romana", mostrou a arqueóloga durante uma visita ao local, salientando as evidências da sobreposição de ocupação humana.
Esta sobreposição surge um pouco por todo o castro, sendo evidente numa "estrutura medieval que está encostada a um muro redondo, nitidamente castrejo, que foi também aproveitado para a construção de uma casa romana".
"Nas casas castrejas e romanas, cada zona corresponde a um compartimento, onde se dormia, comia, guardava os animais ou os cereais, e estava tudo virado para dentro, para um pátio central, em lajeado, onde decorriam as actividades diárias da casa", explicou Gilda Correia Pinto.
A localização do povoado junto de uma importante via romana e o valor dos objectos ali encontrados indiciam a relevância do local, que teve ocupação humana até à Idade Média, como provam as ruínas de uma capela medieval.
"Esta foi a primeira igreja de Alvarelhos", afirmou a arqueóloga, apontando os locais onde seriam a entrada principal, o acesso lateral e a zona do altar.
A poucos metros, é visível uma sepultura da época medieval, altura em que os corpos eram colocados "em local sagrado".
Pelo contrário, no tempo dos romanos, "os mortos ficavam fora do espaço da cidade, pelo que as necrópoles estão sempre fora das muralhas".
Nas ruínas já postas descoberto é também visível o que deveria ter sido o espaço público nobre da localidade na época romana, delimitado por restos de colunas.
"A existência das colunas e de pedras com uma espécie de almofada para o exterior indica que se tratava de um espaço público, uma espécie de fórum", salientou Gilda Correia Pinto.
Um pouco mais afastado desta zona central, encontra-se o que os investigadores admitem que pode ter sido um balneário romano, sendo visíveis as zonas de escoamento das águas.
Para preservar os vestígios do passado, a Câmara da Trofa pretende criar uma zona de visita ao castro com um percurso predefinido, para que os visitantes não estraguem as ruínas e percebam o que estão a ver.
"O castro deve estar em condições de ser visitado dentro de um ano", admitiu Gilda Correia Pinto, lamentando a falta de financiamento para o projecto de consolidação de estruturas e definição de percursos.
"O projecto de investigação foi aprovado sem financiamento. Povoados destes não são prioritários actualmente em termos nacionais", salientou a arqueóloga.
António Pontes, vereador da Câmara da Trofa, resumiu a questão, salientando que a autarquia "tem o acordo do IPPAR para fazer a intervenção, mas não tem o financiamento".

"O castro nunca recebeu dinheiro de fundos comunitários para requalificação. Desta vez, apresentamos um projecto de apenas 350 mil euros, mas nem assim conseguimos aprovação", lamentou o autarca, em declarações à Lusa.

António Pontes frisou, no entanto, que esta falta de apoio não fará recuar a Câmara da Trofa na intenção de tornar o Castro de Alvarelhos "uma referência obrigatória no turismo cultural".

"Queremos criar um parque natural, com uma vertente arqueológica", salientou o vereador, frisando que a reabilitação do castro "é uma aposta estratégica do concelho".

Um Abraço Galaico

terça-feira, 8 de março de 2011

Uma Companhia Muito Especial, o Sendas

Eram cerca das 10 da manhã, o sol já dava sinais que poderíamos avançar para mais esta Senda. Ao chegar ao lugar de Rodeiro, começamos a ter a companhia fiel de um Castro Laboreiro muito brincalhão e de faro bem apurado, que o diga a nossa mochila...:! Depressa lhe demos o nome de "Sendas".

O Sendas simplesmente fez questão de nos acompanhar durante todo o percurso, sem nunca abandonar a função de guarda e de preparar a passagem por possíveis obstáculos. Para nós era uma nova Senda ou uma repetição já com poucas memórias, para o Sendas era uma rotina, notava-se bem.



O "Sendas" e uma montanheira Galaica



















À medida que nos aproximávamos do Alto da Portela de Pau, a neve era cada vez mais uma fonte de rara beleza. Era visível ainda o cume da Peneda, da Amarela, o Giestoso, cobertos de manto branco. O Sendas não hesitava em refrescar-se na neve e desafiava cada um de nós a repetir com ele!




"Sendas" acompanha um montanheiro Galaico.
 
O "Sendas" é um cão muito meigo e brincalhão, sempre que pode adianta-se no caminho para nos sinalizar de algo que não esteja nos planos! Esta Senda decorreu em plena harmonia com o meio natural, sem nunca nos cruzarmos com outros humanos senão nós. A neve fez parte do caminho e foi com ela que muitas vezes o "Sendas" teve os seus momentos de descontracção.



O "Sendas" guarda um montanheiro num momento de investigação de uma Mamoa.
 
A Senda foi sem dúvida única e espectacular com o "Sendas" sempre no centro das atenções. Aproveitámos para publicar algumas fotos únicas na galeria do Google Earth e vais poder ver algumas delas por lá no próximo mês de Abril.


O "Sendas" de volta à sua aldeia
 Um Abraço Galaico

quarta-feira, 2 de março de 2011

Passeio de 6 de Março antecipado para dia 5 de Março



Olá, conforme solicitado pela maioria dos participantes, a Senda será realizada no Sábado. Aproveitámos para esclarecer que não existe qualquer tipo de taxa de inscrição nem pagamento de qualquer serviço, o que vivamente sempre condenámos. A natureza é de todos e não a podemos usar para ganhar uns trocos.

Até Sábado, Montanheiros Galaicos.

Partida do Castelo pelas 09:30


Um Abraço Galaico