O Garrano (que significa “Cavalo Pequeno”) é uma raça do Equus caballus L., também nativa da Península Ibérica, que com cerca 1,30 m de estatura apresenta diversas semelhanças com os póneis. Ter-se-á desenvolvido nas montanhas da Península, do Atlântico até aos Pirinéus, tendo-se diferenciado como raça no período do Paleolítico. Existem pinturas no Norte da Península deste período que retratam um cavalo idêntico ao Garrano de hoje. Descende directamente do Pónei Celta primitivo, mas hoje em dia tem linhas sanguíneas de melhoramento oriundas do Cavalo Árabe. O Garrano, propriamente dito, é a mais antiga raça por entre as raças irmãs do Norte da Península Ibérica, nomeadamente o Cavalo do Monte da Galiza, o Asturcón das Astúrias ou o Potrok Basco.
O Garrano foi utilizado como animal de transporte pelo exército português e continua a ser utilizado para carregar madeira e no desempenho de tarefas agrícolas, mas também é utilizado para montar, tendo sido o meio de locomoção ideal nas veredas do alto Portugal. Chegou mesmo a ser utilizado para carregar minérios das minas mais recônditas das serras do Norte durante a II Guerra Mundial. Hoje em dia participa ainda no turismo equestre.
Na Peneda-Gerês, esta raça pode ainda ser vista em liberdade, após uma medida tomada pelo sub-secretário de Estado da Agricultura, em 1943, que levou à constituição de um grupo de 21 Garranos para a preservação da raça em liberdade. Hoje podem ser observados os descendentes do grupo libertado no Vale do Homem.
Estes Garranos do Gerês não podem ser capturados, mas nos baldios serranos onde as populações locais continuam a libertar indivíduos, eles são capturados, geralmente, de dois em dois anos.
Actualmente distribuem-se pelo Minho e também por Trás-os-Montes. É uma raça muito apreciada pela sua resistência e chega a constituir grandes manadas nos baldios, onde são apascentados.
No período do cio as fêmeas acompanham permanentemente o garanhão, que mantém a coesão do grupo. Na época de combates os machos enfrentam-se pela posse do harém, lutando a coice e à dentada. Os potros são depois acompanhados e cuidados pelas fêmeas.
Um dos piores inimigos dos Garranos é o Lobo-ibérico, levando, normalmente, os cavalos a adoptarem um sistema defensivo em círculo com as crias no interior, repudiando os ataques dos lobos a coice. Muitas vezes os lobos atacam quando as fêmeas estão a parir, altura em que se encontram bastante indefesas, tal como acontece quando atacam outras espécies, e a cria pode ser predada ainda antes de acabar de nascer.
Os Garranos particulares na altura de serem capturados utilizam um sistema de defesas idêntico ao utilizado contra os lobos. Quando capturados após o cerco são retiradas crias das manadas para serem vendidos na feira anual. Muitos destes potros vendidos são abatidos para alimentação, pois a carne de Garrano é considerada um petisco, e os restantes são marcados pela Associação de Produtores de Garranos e devolvidos à liberdade.
Um Abraço Galaico
domingo, 29 de novembro de 2009
Era uma vez.....O Castelo do Lindoso
Um dos nossos tesouros da Gallaecia é esse castelo que habita nas fraldas da Serra Amarela. O Castelo do Lindoso é um dos castelos emblemáticos da Restauração da Independência que estamos a poucos dias de festejar mais um aniversário. Festejar, o que ninguém festeja, pois já quase ninguém sabe o significado do dia 8 e muitos nem sabem se seria melhor a nossa terra mistica, a nossa Gallaecia que o Afonso Henriques decidiu dividir e entregar aos dos sul nunca ter sido dividida.
O Castelo de Lindoso é um dos mais importantes monumentos militares portugueses, pela sua localização estratégica (tutelar sobre o curso do rio Lima junto à fronteira com Espanha, numa linha interior entre as serras da Peneda e do Gerês), mas também pelas novidades técnicas e estilísticas que a sua construção introduziu no panorama da arquitectura militar portuguesa medieval.
Apesar de ainda se discutir as suas origens, não restam grandes dúvidas de que a fortaleza medieval que se conservou até aos nossos dias é obra do reinado de D. Afonso III, uma vez que ela não aparece referida nas Inquirições de 1220 e, pelo contrário, é nomeada nas de 1258 (ALMEIDA, 1987, p.124). Paralelamente, a sua porta principal, de arco quebrado e virada à vila, ostenta a eixo o escudo do monarca, elemento propagandístico por excelência, mas também indicador claro do patrocínio e do marco histórico que a gerou.
Como fundação nova de um rei que pretendia afirmar-se (o primeiro a ocupar o trono português não por via filial directa) e que havia sido largamente influenciado por realidades políticas estrangeiras, Lindoso é um caso de excepção, uma vez que aqui se iniciaram algumas das mais importantes experiências de técnica e de arquitectura militares, que tanto marcaram as décadas seguintes. Ele encontra-se ainda muito ligado à tradição românica, nomeadamente por não contemplar torres a flanquear os panos de muralha - algo que poderá ter resultado de uma opção deliberada pela rapidez construtiva e pela economia de meios (IDEM, p.124). Mas integra já alguns elementos nitidamente góticos, como o adossamento da torre de menagem a um dos panos (neste caso o do lado oposto à porta principal) e a defesa dos muros por meio de matacães sobre consolas bem salientes (ALMEIDA e BARROCA, 2002, p.82), localizados preferentemente nas esquinas.
O traçado das muralhas revela um perímetro relativamente pequeno e regular, contrariando alguma da tendência natural das fortificações românicas para se adaptarem às curvas de nível. As esquinas são propositadamente arredondadas, para evitar os ângulos "mortos" e permitir uma total visibilidade das zonas circundantes. A torre de menagem, por seu turno, é ainda rudimentar, de apenas dois pisos e de secção quadrangular bastante ampla, resultando num aspecto algo atarracado (IDEM, p.82), mas contendo acesso superior directamente para o adarve, à maneira gótica. Estas características fazem dela uma obra de transição, mais facilmente integrável no ciclo construtivo do reinado de D. Afonso III, que no de seu sucessor, D. Dinis, como alguns autores pretenderam ver (Inventário, vol. 3, 1973, p.8).
No século XVII, na mesma altura em que Portugal lutava pela restauração da sua independência, esta secção interior do Alto Minho foi particularmente importante nas incursões de um e de outro lado da fronteira, e o castelo foi dotado de um sistema militar mais complexo. As obras estariam concluídas por volta de 1666 (data inscrita no lintel de uma das portas), escassos três anos depois de ter sido conquistado por tropas espanholas e, de novo, reconquistado pelos portugueses. É de crer, no entanto, que esta empreitada se tenha arrastado por mais algumas décadas, pois data de 1720 a conclusão do principal revelim, aquele que protegia a entrada principal. O novo complexo defensivo actualizou a fortaleza, rodeando-a de uma estrutura em estrela, com altos taludes e fossos, e acesso por porta levadiça encimada por matacães.
Como monumento emblemático da história nacional, o castelo não escapou à vaga restauradora estado-novista. O grosso dos trabalhos decorreu na década de 40 do século XX, mas prolongou-se pelos anos seguintes, deles se salientando a reconstrução de panos de muralha e de ameias e a demolição de algumas estruturas no pátio, conservando-se, ainda, a cisterna e parte das dependências do governador e outras de apoio. Nos últimos anos, foi arqueologicamente explorado, num amplo projecto de estudo da região.
Abraço Galaico
Neve na Gallaecia
Olá, a nossa Gallaecia está bem fresquinha e muito fria. Este fim de semana não pára de nevar e aquele que é um dos nossos próximos destinos, a Serra Amarela está coberta de um manto branco, um branco puro, como é digno destas e de todas as serras.
Mas para podermos, lá chegar precisamos, de sol, de um dia em que o seu brilho ilumine um pouco e do seu tom, e reflita todas as cores que ela contém...as cores da serra, que uns conhecem e outros não.
Um dia destes, nós vamos visitá-la. Em breve, eu sei que lá iremos, e vamos mostrar-vos como é bela esta serra "Amarela".
Amigos, até breve com um abraço galaico.
Mas para podermos, lá chegar precisamos, de sol, de um dia em que o seu brilho ilumine um pouco e do seu tom, e reflita todas as cores que ela contém...as cores da serra, que uns conhecem e outros não.
Um dia destes, nós vamos visitá-la. Em breve, eu sei que lá iremos, e vamos mostrar-vos como é bela esta serra "Amarela".
Amigos, até breve com um abraço galaico.
sábado, 21 de novembro de 2009
Mais um biscoito do saco - 29 de Novembro, aparece na Serra Amarela
Porque a natureza é que nos abre as portas da Senda da Serra Amarela, vamos adiar o passeio para dia 29 de Novembro...até lá aguça o apetite com este video!
Vão passando pela Senda!
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
A Farsa do Nobel da PAZ
Pois é, o Sr. Presidente teve um sonho.....afinal não, quem anda a sonhar é o resto do mundo a imaginar que esta "besta" veio salvar o mundo. Mais uma vez a América, nação com 200 anos e cheia de tradições ancestrais, coloca em causa o futuro do planeta e adia o inadiável e já tardio plano urgente de redução de poluição.
Copenhaga vai ser excelente para as companhias aéreas e também para a China e os Estados Unidos. Todos ficarão contentes com os resultados, os que ganham milhas no programa da companhia aérea e os chinheses e os americanos que continuarão a ser os 2 paises mais destruidores do planeta e que com essa característica se denominam de impérios e potências.
Sr. Obama, vá para outro planeta e leve o seu povo consigo. Aproveite e dê boleia aos chineses.
Um Abraço Gallaico
sábado, 14 de novembro de 2009
À descoberta do Tesouro - O Vale Glaciar do Vez
Temos andado a pensar muito na origem geomorfológica deste nosso Gerês! Pois bem, hoje deixo aqui uma breve introdução aquele que vai ser um dos nossos próximos destinos sobre as botas. O Vale do Rio Vez. Localizado numa daz zonas onde ocorreu a glaciação na nossa Gallaecia este vale contém caracteristícas geomorfológicas que só podem acabar numa visita bem atenta e num regresso a casa com a convicção que conhecemos melhor o nosso património.
Quando visitei a Serra da Peneda, nunca me tinha passado pela cabeça que ali, outrora existiu um glaciar e que esse deixou muitas marcas que ainda hoje podemos encontrar. Um Sector com perfil em "U" contendo: moreias que se intersectam nas vertentes do vale; blocos erráticos de Granito da serra Amarela sobre os metassedimentos do substrato local. Os Blocos erráticos no vale do Vez são os de maior dimensão em toda a àrea do PNPG, podendo atingir uma dezena de metros de altura.
Quando visitei a Serra da Peneda, nunca me tinha passado pela cabeça que ali, outrora existiu um glaciar e que esse deixou muitas marcas que ainda hoje podemos encontrar. Um Sector com perfil em "U" contendo: moreias que se intersectam nas vertentes do vale; blocos erráticos de Granito da serra Amarela sobre os metassedimentos do substrato local. Os Blocos erráticos no vale do Vez são os de maior dimensão em toda a àrea do PNPG, podendo atingir uma dezena de metros de altura.
Para que este Tesouro não fique por descobrir, não pode deixar de ficar para um dia destes a sua visita. Lanço aqui o desafio ao grupo de Galaicos que se encontra numa montanha qualquer, para penser nesta Peneda como mais uma Senda a descobrir e dimunuir o nosso desconhecimento deste Património.
Um Abraço,
Gallaico
domingo, 8 de novembro de 2009
Louvor da Semana para Francisco Sampaio
Em 2008, desapareceu a nossa Região de Turismo do Alto Minho, foi substituida pela Àrea Regional de Turismo do Douro. Francisco Sampaio, foi durante 28 anos presidente desta Região de Turismo. É para ele que hoje enviamos os nossos agradecimentos pelo seu trabalho realizado pela nossa Gallaecia Sul bem como pela forma que como Galaico sempre conduziu e acarinhou a nossa terra.
Deixo uma entrevista de Francisco Sampaio em 2007 ao Noticias Magazine e destaco a frase: "Sou Galego; do Rio Douro para baixo são todos Mouros"
Lê o documento, vale a pena.
Deixo uma entrevista de Francisco Sampaio em 2007 ao Noticias Magazine e destaco a frase: "Sou Galego; do Rio Douro para baixo são todos Mouros"
Lê o documento, vale a pena.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Tesouros da Gallaecia - Fui ao Gerês e bi uma baca gande com uns conus....!
Ficamos por aqui, em grande parte porque estamos atrasados para ver o futebol em casa ou até porque o cheiro a bosta só tem graça por umas horas...como o frio! Que bom que era mandar abaixo agora uma posta de "baca" dessas com umas batatinhas e uma malga de berde!
Esta semana vamos conhecer essa majestosa, imponente e tesouro da nossa Gallaecia. A raça Cachena.
Habitante na Alta Montanha, sempre acima das cotas dos 800m esta raça, conhecida por muitos nomes em função das serras e gentes que a ladeiam, é, nos dias hoje tema de conversa sempre que um qualquer humano se cruza no seu caminho. Na Serra Amarela são apelidadas de Vilarinhas, nome proveniente do povo da submersa Vilarinho das Furnas! Cabreira, às oriundas da localidade de Cabreiro ou ainda Carramelha ou Carramilhinha! Barrosão Ananicado, apelidaram os zootécnicos!
Morfologia:
Cabeça: comprida, de perfil recto, em que o comprimento desta é superior ao dobro da largura entre as arcadas orbitárias. Focinho negro e largo, um pouco grosso. Conjunto ocular pouco saliente. Chifres muito desenvolvidos, com secção circular, que saem para cima e para os lados tomando a forma de parafuso ou saca-rolhas.Pescoço: curto, bem ligado à cabeça e à espádua, barbela bem desenvolvida.
Tronco: cernelha pouco saliente, com costado arqueado e o peito medianamente largo e descido. A garupa é comprida e descaída, com pequena largura isquiática. As nádegas são mal musculadas e pouco desenvolvidas, tendo a cauda inserção alta terminando por uma borla de pelos escuros.
Sistema mamário: úbere bem desenhado, bem proporcionado e com boa implantação.
Extremidades e aprumos: membros de extremidades livres pouco desenvolvidas, mal aprumados, terminando com unhas escuras, pequenas e arredondadas.
Pele, pelo e mucosas: pele grossa, mas macia. Pelos curtos e finos nas estações estivais, observando-se pelos mais desenvolvidos no pavilhão auricular e na borla da cauda que é geralmente escura. No Inverno estes animais ficam com uma pelagem grande e grosseira para se defenderem do frio. As mucosas das aberturas naturais são escuras.
Cor: pelagem castanho-claro, tendendo para o cor de palha ou acerejado. Há alguns anos atrás havia muitos destes animais com tonalidades de castanho muito mais escuro que durante os meses de Verão, «abriam à cor», isto é, passavam de castanho pezenho a castanho aberto. Nos touros reprodutores o terço anterior é geralmente mais escuro.
Formato: são bovinos muito pequenos, talvez os mais pequenos do Mundo, com uma índole bravia, que não escondem a sua condição de semi-selvagem.
Raça considerada feral ou semi-selvagem, como outras espécies do PNPG, o seu regime de exploração é o extensivo, no entanto, descem às povoações quando a neve se mantém por períodos mais alargados.
Como características principais deste regime perduram ainda nos nossos dias os ancestrais regimes comunitários das Brandas e das Inverneiras, por um lado e por outro o das vezeiras, este cada vez mais em desuso.
Nas vezeiras, como a própria palavra indica os animais eram guardados ou pastoreados à vez, isto é, cada casa de lavoura guardava proporcionalmente as manadas tantos dias quantos fossem os seus animais e os proprietários.
Nas Brandas e Inverneiras, os animais faziam a transumância para fugir aos rigores dos Invernos frios, no caso das Inverneiras, que eram locais abrigados dos ventos e em cotas de altitude mais baixas por isso mais quentes, nas Brandas para fugir à canícula de Verões quentes em locais arejados e com cotas de altitudes mais altas.
Área geográfica de produção
O solar da raça é o Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Este engloba o prolongamento da cadeia dos montes Cantábricos com as serras da Peneda (alt. 1340m), o Soajo (alt. 1430m), a Amarela (alt. 1350m) e o Gerês (alt. 1545m).
Desenvolve-se entre os planaltos de Castro Laboreiro, a Norte (alt. 1340m) e o da Mourela, a Este (alt. 1380m).
Garcia et al. (1981) refere que existiam no PNPG, 3000 bovinos ananicados o que correspondia aos actuais Cachenos. Hoje, não deverão restar mais de mais de 600 animais apresentando quase todos influências de introdução de sangue de uma outra raça de maior porte – o Barrosão.
Poucas dezenas são os animais que consideramos em estado de pureza étnica, identificando-se assim com o padrão da raça.
Vamos então ver essas Vilarinhas que nos enchem de vida os Prados da Serra Amarela!
Gallaico
Esta semana vamos conhecer essa majestosa, imponente e tesouro da nossa Gallaecia. A raça Cachena.
Habitante na Alta Montanha, sempre acima das cotas dos 800m esta raça, conhecida por muitos nomes em função das serras e gentes que a ladeiam, é, nos dias hoje tema de conversa sempre que um qualquer humano se cruza no seu caminho. Na Serra Amarela são apelidadas de Vilarinhas, nome proveniente do povo da submersa Vilarinho das Furnas! Cabreira, às oriundas da localidade de Cabreiro ou ainda Carramelha ou Carramilhinha! Barrosão Ananicado, apelidaram os zootécnicos!
Morfologia:
Cabeça: comprida, de perfil recto, em que o comprimento desta é superior ao dobro da largura entre as arcadas orbitárias. Focinho negro e largo, um pouco grosso. Conjunto ocular pouco saliente. Chifres muito desenvolvidos, com secção circular, que saem para cima e para os lados tomando a forma de parafuso ou saca-rolhas.Pescoço: curto, bem ligado à cabeça e à espádua, barbela bem desenvolvida.
Tronco: cernelha pouco saliente, com costado arqueado e o peito medianamente largo e descido. A garupa é comprida e descaída, com pequena largura isquiática. As nádegas são mal musculadas e pouco desenvolvidas, tendo a cauda inserção alta terminando por uma borla de pelos escuros.
Sistema mamário: úbere bem desenhado, bem proporcionado e com boa implantação.
Extremidades e aprumos: membros de extremidades livres pouco desenvolvidas, mal aprumados, terminando com unhas escuras, pequenas e arredondadas.
Pele, pelo e mucosas: pele grossa, mas macia. Pelos curtos e finos nas estações estivais, observando-se pelos mais desenvolvidos no pavilhão auricular e na borla da cauda que é geralmente escura. No Inverno estes animais ficam com uma pelagem grande e grosseira para se defenderem do frio. As mucosas das aberturas naturais são escuras.
Cor: pelagem castanho-claro, tendendo para o cor de palha ou acerejado. Há alguns anos atrás havia muitos destes animais com tonalidades de castanho muito mais escuro que durante os meses de Verão, «abriam à cor», isto é, passavam de castanho pezenho a castanho aberto. Nos touros reprodutores o terço anterior é geralmente mais escuro.
Formato: são bovinos muito pequenos, talvez os mais pequenos do Mundo, com uma índole bravia, que não escondem a sua condição de semi-selvagem.
Raça considerada feral ou semi-selvagem, como outras espécies do PNPG, o seu regime de exploração é o extensivo, no entanto, descem às povoações quando a neve se mantém por períodos mais alargados.
Como características principais deste regime perduram ainda nos nossos dias os ancestrais regimes comunitários das Brandas e das Inverneiras, por um lado e por outro o das vezeiras, este cada vez mais em desuso.
Nas vezeiras, como a própria palavra indica os animais eram guardados ou pastoreados à vez, isto é, cada casa de lavoura guardava proporcionalmente as manadas tantos dias quantos fossem os seus animais e os proprietários.
Nas Brandas e Inverneiras, os animais faziam a transumância para fugir aos rigores dos Invernos frios, no caso das Inverneiras, que eram locais abrigados dos ventos e em cotas de altitude mais baixas por isso mais quentes, nas Brandas para fugir à canícula de Verões quentes em locais arejados e com cotas de altitudes mais altas.
Área geográfica de produção
O solar da raça é o Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Este engloba o prolongamento da cadeia dos montes Cantábricos com as serras da Peneda (alt. 1340m), o Soajo (alt. 1430m), a Amarela (alt. 1350m) e o Gerês (alt. 1545m).
Desenvolve-se entre os planaltos de Castro Laboreiro, a Norte (alt. 1340m) e o da Mourela, a Este (alt. 1380m).
Garcia et al. (1981) refere que existiam no PNPG, 3000 bovinos ananicados o que correspondia aos actuais Cachenos. Hoje, não deverão restar mais de mais de 600 animais apresentando quase todos influências de introdução de sangue de uma outra raça de maior porte – o Barrosão.
Poucas dezenas são os animais que consideramos em estado de pureza étnica, identificando-se assim com o padrão da raça.
Vamos então ver essas Vilarinhas que nos enchem de vida os Prados da Serra Amarela!
Gallaico
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